quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A noite na cama

A tua inexistência quebrou o cume.
Mas sempre conheci esta transferência...
De fato, tu e o teu fragor de perfume
Foram-me desmantelando por conseqüência.

De maneira que nada, para mim,
No dia de hoje, fica completo sem ti;
Estranho pensar sobre ti assim,
Posto que tal chama eu nunca senti.

Apesar da estranheza, minha inimiga,
Eu não quero no momento outra vida,
Somente quero te ordenhar a mama...

Como se fosses minha escrava de leite,
Para alimentar-me, como simples deleite,
- Uma Ama que amo a mama a noite na cama.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Obsessão


Giro em zero por estradas mentais
O meu combustível é a intensidade

Já não tenho segurança quanto a sanidade
Multiplicam-se o número de erros fatais.
Não consegui perceber, nem evitar
Já estou obsessivo e compulsivo.
Meu devaneio desliza pelo ar
A psicose faz-me sentir vivo.

Já não sei se quero retornar...
Já não temo os erros eminentes
Já me culpo e tento me apaziguar
Agora afloram as feridas contundentes
É nesse instante que eu morro.
Que a minha fronte muda, claramente.
É a hora da virtude de estorvo
Que toda a minha vida se modifica, de repente.

Perdi-me, desconsolado, abro-me.
Dou vazão à insconsistência emocional
Meus dutos límpidos entopem-se de mau
Sou um inútil como cavar o chão com pedra pome
Mas sei que onde estou é o ponto de partida
Posso eu continuar a cavar direto para o inferno
Posso eu decidir pelo fim da minha vida
Ou eu posso retornar e livrar-me deste terno

Não importa aonde eu fui morrer
Não importa o que acho que fizeram comigo
Não importa quanto eu tenho, perdi ou terei
Só importa que eu tenho escolha e isso é o meu abrigo.