quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Obsessão


Giro em zero por estradas mentais
O meu combustível é a intensidade

Já não tenho segurança quanto a sanidade
Multiplicam-se o número de erros fatais.
Não consegui perceber, nem evitar
Já estou obsessivo e compulsivo.
Meu devaneio desliza pelo ar
A psicose faz-me sentir vivo.

Já não sei se quero retornar...
Já não temo os erros eminentes
Já me culpo e tento me apaziguar
Agora afloram as feridas contundentes
É nesse instante que eu morro.
Que a minha fronte muda, claramente.
É a hora da virtude de estorvo
Que toda a minha vida se modifica, de repente.

Perdi-me, desconsolado, abro-me.
Dou vazão à insconsistência emocional
Meus dutos límpidos entopem-se de mau
Sou um inútil como cavar o chão com pedra pome
Mas sei que onde estou é o ponto de partida
Posso eu continuar a cavar direto para o inferno
Posso eu decidir pelo fim da minha vida
Ou eu posso retornar e livrar-me deste terno

Não importa aonde eu fui morrer
Não importa o que acho que fizeram comigo
Não importa quanto eu tenho, perdi ou terei
Só importa que eu tenho escolha e isso é o meu abrigo.

Um comentário:

M disse...

ler pela segunda vez o que li numa folha de caderno significa muito mais que a combinação dessas palavras.
Muito mais.